Pode parecer piada, mas não é.
A produtora Vitrine Filmes teve uma grande dor-de-cabeça com o Facebook. Através de sua página, ela promovia seu novo documentário chamado “As Hiper Mulheres”, dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, que retrata o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu, no estado do Mato Grosso.
O documentário ganhou prêmios do festival de gramado e estréia no dia 26 de Abril.
O problema todo ocorreu quando a produtora postou imagens do documentário no Facebook. Como eram fotos de índias, e elas estão nuas, a rede social decidiu remover as imagens e ainda chamou a atenção da página, dizendo que foi postado conteúdo impróprio (apesar que particularmente eu não estou vendo nada demais ali).
Isso gerou não só uma grande polêmica como revolta, visto que não só não há nenhuma nudez muito aparente como ainda se trata de fotos de índios, onde a nudez é algo cultural. A Vitrine Filmes considera a nudez do documentário de forma artística, já que o foco ali não é a nudez em si, mas sim os índios, que por acaso estão nús.
Eles entraram em contato com o Facebook para esclarecer o caso, mas nenhuma resposta foi dada. Por isso eles foram obrigados a postar novamente as fotos com uma tarja preta, para evitar problemas.
A atitude do Facebook gerou revolta na própria rede social e na mídia em geral, onde os usuários criticaram severamente a censura feita pela rede social. Ao ser contactada pela imprensa, o Facebook não se pronunciou sobre o assunto.
E já não é a primeira vez que isso acontece. Há algum tempo atrás o Facebook tinha removido um perfil e uma página por postarem um quadro renascentista que continha uma mulher nua, e isso também gerou muita revolta.
Aí eu pergunto. Até que ponto algo envolvendo nudez precisa ser censurado? Você concorda com esse tipo de censura?
Pior é que eu acho que não vai ser a última vez que veremos algo do gênero.